O objetivo para esse blog não
era somente criar um material para pesquisa e atualização para os educadores e amantes da área da Educação, mas também, o esclarecimento sobre as deficiências que atinge crianças, e estimular um pensar na inclusão como algo que seja passada de uma
maneira mais direta, pela reflexão sobre várias situações, onde possa haver
uma mobilização afetiva frente a elas, procurando desenvolver níveis
diferenciados que possam ir além da informação, estimulando a auto percepção,
criatividade , favorecendo a estruturação da personalidade, mas de
uma forma lúdica e interativa.
“... Este descerramento do véu de nossa
angústia
provoca uma verdadeira avalanche de interrogações que certamente,
em muitos momentos nos fazem vacilar : retornar ao saber estabelecido ( nada
desprezível) dos mecanismos e técnicas da reabilitação ou continuar na tentativa de abrir em cada uma
delas a brecha necessária para que aquilo que se ignora, provoque a elaboração
deste ato. Há algo que nos alenta para continuar : o que da criança se perde no
olhar do técnico...” (
Alfredo
Jerusalinsky /pág. 14)
Quase todas as crianças
descobrem capacidades para atos solidários e
cooperativos desde cedo, tornando - se mais compreensivas e tolerantes
nas relações com o outro, aprimorando a empatia.
As crianças desenvolvem melhor
auto-percepção, verbalizam seus limites,
da mesma forma que reconhecem capacidades e progressos em si mesmas e nos
colegas, especialmente com deficiência, pois elas muitas vezes nos surpreendem, com suas conquistas e com a compreensão de
fatos e situações. Por isso o cuidado absoluto, em
respeitar sempre a criança que está
diante dos nossos olhos, perguntando a
ela o que quer.
Em minhas observações e pesquisa em busca de embasamento para minha monografia, percebi muitos pontos que me leva a questionar, indagar o que é realmente a inclusão.
É mais fácil trabalhar
a inclusão com crianças pequenas e suas famílias, que estão mais receptivas e
com padrões de relações menos cristalizados.
O ambiente altamente estimulador, rico , alegre e continente que as crianças normais
proporcionam, colaboram efetivamente para o desenvolvimento e ajustamento social
de crianças com deficiências. O mediador que tem oportunidade de vivenciar isso,
não consegue mais visualizar um futuro
para escolas segregadas.
Crianças que viveram um tempo nesse
ambiente e depois passam para outro (só normais ou só segregados), infelizmente
não terão uma oportunidade contínua de conviver com a diversidade de forma
geral, interrompendo o processo. Ao meu ver, uma interrupção lamentável para
todos...
Famílias de classe baixa também
apresentam preconceitos só que distorcidos em função da falta de informação. A diferença é que estão
mais disponíveis para o trabalho , menos
coladas a discursos técnicos de técnicos e a supostos padrões idealizados de convívio.
Observa-se
que tanto as famílias como as crianças com deficiências apresentam dificuldade
em serem tratados com direitos e deveres iguais aos outros. Os prováveis ganhos
secundários, por ser deficiente, observados na própria história de vida dessas
famílias e crianças, são peculiares na situação da inclusão. O profissional
precisa estar a tento a esse fato e colaborar nesse processo de
transição.
É
vital o trabalho de apoio, com treinamentos e desenvolvimento, com as
equipes envolvidas. O papel e olhar do mediador é fundamental para o desenvolvimento de um processo de inclusão
pleno.
O
mesmo ocorre com as famílias que necessitam ser recicladas periodicamente,
onde o foco está na importância da parceria de atitudes e posturas, em casa no
cotidiano .As famílias precisam ser sensibilizadas para um olhar diferente, o
olhar de possibilidades.
Gerlania de Moura




Parabéns Gerlania de Moura seu blog tem momentos autorais muito relevantes!!
ResponderExcluirFiquei muito feliz que você também se motivou a escrever sobre educação!
Beijos,
Boa noite,
ResponderExcluirObrigada. Este blog tem mesmo a finalidade de expor a real situação da Educação Inclusiva Brasileira. É meu foco p/ monografia. Além disso, quero contribuir em tudo que for de interesse para o educador brasileiro. Bjos!